O Solar
Este edifício pertenceu ao Visconde de Almeidinha, e situa-se no coração da aldeia de Almeidinha.
A primitiva construção terá sido edificada em meados do séc. XVI quando Estevão Dias Amaral, representante da varonia dos Amarais da Cunha Alta, aí se fixou. Em 1590 seu filho, Gaspar Pais de Amaral, constrói a capela e em 1610 institui o vínculo do Espírito Santo. Em 1746 Manuel Osório do Amaral, reedificou a capela, colocando numa das paredes uma lápide.
Na porta de entrada, duas pilastras simples suportam um frontão quebrado, onde Manuel Osório do Amaral crava o velho brasão esquartelado por seu pai, com as armas dos Amarais (6 meias luas), Osórios (2 lobos), Cabrais (2 cabras) e Fonsecas (5 estrelas de sete pontas). Mais tarde, João Carlos do Amaral Osório de Sousa Pizarro, elevado a 1ºVisconde de Almeidinha em 1865, amplia a casa ligando a capela a esta e constrói a linda varanda de tripla arcada suspensa em fortes pilastras, abrindo sobre o arco central, um frontão onde coloca as suas armas: (6 luas minguantes com as pontas viradas para baixo) e Osórios (2 lobos).
As janelas apresentam um pequeno avental, sendo ornadas na parte superior por uma concha. A parte posterior tem ao centro uma espaçosa varanda coberta e recuada, guarnecida de altas colunas de granito.
No interior da casa, subsistem ainda painéis de azulejos do séc. XVIII. Todo este conjunto situa-se dentro de uma vasta quinta que ocupa grande parte da aldeia.
A Casa de Almeidinha, com azulejos do século XVIII e os jardins anexos, em Almeidinha, Mangualde, é um imóvel constituído por uma estrutura quinhentista, ampliada em meados do século XVIII e novamente remodelada no século XIX, destacando-se da construção original a torre do solar e a abóbada estrelada da capela. No interior conservam-se diversos silhares de azulejo de fabrico coimbrão, aplicados na segunda metade de Setecentos.
O Solar de Almeidinha entretanto com novos proprietários, foi alvo de obras de recuperação, entre 2013 a 2015, com a preservação da sua linha arquitectónica , quer do edifício principal, quer ao nível dos Anexos do Solar.
A recuperação recente abrangeu sobretudo os antigos Espaços e Anexos Agrícolas, nomeadamente a antiga Cavalariça, Lagar, Casa da Lenha, Tulhas, Alpendre da Tulha, Adega, Vacaria, Fornos, Pocilgas, etc.
A Quinta do Espirito Santo
Está em curso a recuperação da Quinta do Espirito Santo e da actividade agrícola, que desde sempre caracterizou o espaço, com a ampliação e renovação do olival centenário, tendo sido já registada a marca de azeite “ Solar de Almeidinha” , e ainda a plantação de várias espécies de árvores de fruto, visando a recuperação de algumas das tradições da Casa de Almeidinha, a título de exemplo a marmelada assada etc.
Na Quinta do Espirito Santo são ainda de destacar os jardins de Buchos, e o jardim das camélias, ambos classificados, e de notável enquadramento paisagístico.
Realçam-se na Quinta, vários equipamentos, uma casa de fresco e uma fonte de grandes dimensões, anteriormente revestido com azulejos do Sec. XVIII e a fonte dos cavalos do Séc XVI.